sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

E disso eu nunca vou te falar.

Eu tinha mil medos -eu poderia citar e justificar cada um, mas isso agora não importa- e mil planos quando te olhava sorrindo,e me sentia invadida de algo que eu não conhecia até então - pelo menos não com tanta intensidade- e isso me impossibilitava de qualquer aproximação, então eu embora com a sensação de ''eu poderia ter feito mais, eu quero mais'' nisso o seu sorriso tomava conta de mim e eliminava qualquer rastro ruim, e depois me dava um medo de um dia eu nunca mais poder te ver e o tempo passava, eu ia dormir e acordava pesando no seu maldito sorriso, que de tão bonito me inibia.
O tempo passou, as coisas mudaram mas não melhoraram, a gente se aproximava e se afastava com a mesma intensidade, isso me consumia, me matava... matava também o que eu sentia, e até hoje esse sentimento foi a coisa mais bonita que eu possui, e você foi a coisa mais bonita que eu já desejei, então eu me pergunto beleza dói? porque ambos me doíam muito, portanto eu matei, você também matou, nós matamos! Mesmo sem notar.
No começo essa morte feia me doía enteira, eu fica desesperada atrás daquele sorriso, daquele sentimento, de você, atrás de mim. Pois nisso tudo eu me perdi, perdi o encanto, a pureza, a delicadeza da vida, a crença no amor mas depois me encontrei, encontrei minha maturidade, minha criatividade, minhas amigas, e o melhor: me encontrei completa, não aos pedaços como eu costumava ficar perto de ti, forte, com fome de vida e curiosidade pelas coisas. E você, esse estranho que eu conhecia tão bem hoje é só um rastro do resto que eu fui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário